Um dos mais importantes fóruns científicos da área da Saúde em todo o mundo realiza-se na próxima semana. O 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão, vai reunir, de 26 a 29 de julho de 2018, na Fundação Oswaldo Cruz, cerca de 8 mil participantes, entre sanitaristas, epidemiologistas, cientistas políticos, cientistas sociais, comunicadores, especialistas em políticas públicas, profissionais e trabalhadores da saúde, gestores e técnicos da saúde, além de militantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil. Serão mais de 200 atividades científicas, realizadas simultaneamente, 23 auditórios espalhados pelo campus da fundação. A programação inclui palestras, mesas-redondas, grandes debates e comunicações orais, em torno do tema Fortalecer o SUS, os direitos e a democracia.

A conferência de abertura será proferida pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, que abordará Direitos e democracia: sistemas universais e públicos de saúde, em 26/7, às 8h. O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz participará com a mesa-redonda Prospecção Estratégica e Estudos de Futuro em Saúde: Experiencias e Perspectivas, reunindo o coordenador do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho, e os pesquisadores José Carvalho de Noronha, do programa Saúde Amanhã/Fiocruz, Roseli Monteiro, do CEE-Fiocruz, e Regina Maria Silvério, do Centro de Gestão e e Estudos Estratégicos (CGEE).

Dos pesquisadores integrantes da Comissão Científica do Abrascão 2018, 55,8% são de mulheres. A proposta é ampliar a participação feminina no meio científico, tendo a Saúde Coletiva como marco desse novo tempo e entendendo que o espaço da mulher não é concessão, mas necessidade social e histórica. 

"Precisamos organizar um Congresso que demonstre a conexão entre a Ciência produzida pela Saúde Coletiva e a defesa da vida e do bem-estar. Precisamos de um Congresso Político que, ao final, publique o Caderno da Abrasco pelo fortalecimento do SUS, dos direitos e da democracia. 
Precisamos de um congresso que consiga combinar a crítica, a mais extensa liberdade de expressão, com a solidariedade e com a determinação de vivermos de maneira ética e democrática desde sempre", escreveu o presidente da Abrasco, Gastão Wagner de Sousa Campos, no texto de apresentação do evento.

Acesse aqui a programação completa.  

Durante a preparação do Abrascão, organismos da Abrasco e demais entidades parceiras produziram documentos e conteúdos que vao subsidiar a produção da Carta de Manguinhos, a ser divulgada ao final do congresso. Acesse abaixo os documentos:

Documento do seminário "Direito ao Desenvolvimento, à Saúde e à Ciência, Tecnologia e Inovação", realizado no Rio de Janeiro (RJ), em 29 de junho de 2018 

Carta de São Paulo, fruto da reunião do Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, realizada em São Paulo (SP), em 23 e 24 de maio de 2018 

Carta "Convergências e urgências: o papel da Educação Popular e Saúde", fruto do seminário “Participação Popular em Saúde”, realizado em Fortaleza (CE), em 9 de abril de 2018 

Documento da Rede APS - fruto do seminário “De Alma Ata à Estratégia Saúde da Família: 30 anos de APS no SUS – avanços, desafios e ameaças”,  realizado no Rio de Janeiro (RJ), em 20 de março de 2018 

Carta de João Pessoa, fruto do seminário  "O SUS diante das violências: vivências, resistências, propostas", realizado em João Pessoa (PB), de 20 a 22 de março de 2018 

Carta do ABRASquim 2017 – 1º Encontro Estudantil de Saúde Coletiva, realizado em Belo Horizonte (MG), em 20 e 21 de novembro de 2017