Desigualdade social, renda e patrimônio: as políticas sociais em debate
O artigo Desiguadade e Fake News, do economista Eduardo Fagnani, professor da Universidade Estadual de Campinas, publicado hoje, na Carta Capital, alerta para a estratégia dos defensores do Estado Mínimo de usar resultados de pesquisas baseadas na metodologia de Thomas Piketty e Emmanuel Saez para decretar a ineficiência das políticas sociais no combate à concentração de renda. Estas pesquisas, segundo Fagnani, incluem dados da Receita Federal sobre patrimônio para calcular a distribuição das riquezas, agora não mais apenas da renda, como mensura o coeficiente de Gini. Os resultados mostram um ainda mais grave quadro de desigualdade no país, que se manteve estável no período entre 2001 e 2015, quando a distribuição de renda avançou. Fagnani defende a necessidade das análises sobre desigualdade social levarem em conta as duas metodologias, que seriam complementares e não excludentres, e uma proposta de reforma tributária para corrigir essa distorção na distribuição das riquezas, além da manutenção e do avanço das políticas sociais. Para ele, a leitura dos dados feita pela mídia seria uma manipulação da informação a favor da radicalização do projeto liberal, que "tem por propósito restabelecer o “tripé” macroeconômico ortodoxo, levar ao extremo a reforma do Estado iniciada nos anos de 1990, destruir o Estado Social inaugurado em 1988 e implantar o Estado Liberal." Um projeto que, segundo ele, levaria o país, no campo dos direitos sindicais e trabalhistas, de volta à década de 1930.
Leia aqui o artigo de Fagnani, publicado na Carta Capital.
Para melhor acompanhar o debate levantado por Fagnani, leia também:
https://www.oxfam.org.br/a-distancia-que-nos-une
https://www.cartacapital.com.br/economia/brasil-um-dos-paises-mais-desig...
https://www.cartacapital.com.br/economia/seis-brasileiros-tem-a-mesma-ri...
http://www.ihu.unisinos.br/573590-22-da-populacao-brasileira-vive-na-pob...