Brasil relança iniciativa Cure All e reafirma compromisso no combate ao câncer

Brasil relança iniciativa Cure All e reafirma compromisso no combate ao câncer

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Mesa de debate com duas mulheres e um homem, mais um homem no púlpito, falando. No telão imagem da iniciativa Cure All

Do site da Opas *

O Brasil relançou, em 24/6/2024, a iniciativa Cure All, dando mais um passo nas ações contra o câncer infantojuvenil. Promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a iniciativa visa aumentar significativamente as taxas de sobrevivência de crianças e adolescentes com câncer.

O marco do relançamento ocorreu durante o seminário Brasil contra o câncer juvenil, promovido pelo Ministério da Saúde, nos dias 24 e 25, para discutir a implementação e o plano de trabalho da Cure All no país. A coordenadora de Equidade, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da Opas e da OMS no Brasil, Elisa Prieto, destacou que o câncer é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes em todo o mundo.

"Estima-se que aproximadamente 280 mil crianças de 0 a 19 anos sejam diagnosticadas com câncer a cada ano no mundo. Na América Latina, pelo menos 29 mil meninas, meninos e adolescentes serão afetados pelo câncer anualmente, e cerca de 10 mil morrerão dessa doença", contabilizou Elisa Prieto.

Ela ressaltou ainda que o impacto do câncer infantil se traduz em anos de vida perdidos, mais desigualdade e dificuldades econômicas. "Isso pode e vai mudar com a união de esforços globais que estamos promovendo. Com o relançamento da Cure All, o Brasil reafirma o compromisso com o aprimoramento das políticas públicas para o tratamento e a prevenção do câncer infantojuvenil”.

 

Cure All nas Américas

Cure All nas Américas tem o objetivo de melhorar o cuidado e os resultados para todas as crianças e adolescentes com câncer na América Latina e Caribe. Implementada no âmbito da Iniciativa Global da OMS contra o câncer infantil, a Cure All também busca reduzir as desigualdades nas taxas de sobrevivência de crianças e adolescentes com câncer entre países mais e menos desenvolvidos.

As mortes evitáveis por câncer infantil em países de baixa e média renda ocorrem como resultado de subdiagnóstico, diagnósticos tardios ou incorretos, dificuldades de acesso a cuidados de saúde, abandono de tratamento, morte por toxicidade e maiores taxas de recorrência.

A maioria dos cânceres infantis pode ser enfrentada com quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Portanto, é necessário fazer um diagnóstico precoce e preciso seguido de um tratamento eficaz. No Brasil, o cuidado desde o diagnóstico até o tratamento para câncer em crianças e adolescentes é oferecido de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A mesa de abertura do seminário reuniu o secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde (Saes) do Ministério da Saúde do Brasil, Nilton Pereira Júnior; a diretora do Departamento de Prevenção da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Gilmara Santos; a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Leticia Cardoso; a assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Luciana Vieira; e a chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman.