Ex-ministros da Saúde reafirmam valor do SUS para os brasileiros

Ex-ministros da Saúde reafirmam valor do SUS para os brasileiros

Já leu

Dois ex-ministros da Saúde, José Gomes Temporão (16/03/ 2007 a 01/01/2011) e Alexandre Padilha (01/01/2011 a 02/02/ 2014), publicaram seus olhares sobre o Sistema Único de Saúde, em veículos de mídia, reafirmando a importância do sistema, como uma conquista dos brasileiros a ser valorizada e preservada.

“O surgimento do SUS coloca a Saúde em outra dimensão, em outra perspectiva, como direito, com um sistema descentralizado, participação popular, e sendo dever do Estado”, observa Temporão, pesquisador do CEE-Fiocruz, em entrevista ao jornal o Dia, publicada em 9/8/2020. A partir da experiência adquirida à frente da pasta da Saúde, no trato com epidemias no país, Temporão destaca a importância de se alcançar um grau de coesão entre União, estados e municípios, ao lado do “dever intransferível” do governo federal de liderar e coordenar o esforço nacional no enfrentamento da pandemia e do trabalho conjunto com a Ciência.

Ele lembra que, antes de 1988, quando o SUS tornou-se constitucional, o sistema de saúde brasileiro era “privatizado, fragmentado, descoordenado, oferecendo serviços curativos para três tipos de brasileiros: os ricos, que pagavam pela assistência, os inseridos no mercado formal de trabalho, com acesso à previdência, e a grande maioria da população, que era objeto de caridade, filantropia, ou destinada ao abandono.

Em artigo na Revista Fórum, publicado em 8/8/2020, Alexandre Padilha, hoje deputado federal (PT-SP), faz um desabafo quanto à marca das 100 mil mortes pela covid-19 que o país atingiu. Ele se apresenta como médico e trabalhador da área da Saúde e “militante do SUS” pelo “direito universal e gratuito à saúde pública, com participação e controle social”, que caracterizam o sistema.

Padilha destaca que quatro projetos de lei dos quais é coautor, no combate ao coronavírus, e que iriam ao encontro da proteção da população, foram vetados pelo atual governo: um para garantir auxílio aos povos indígenas; outro obrigando o uso de máscaras; um terceiro que facilita a obtenção de atestados médicos durante a pandemia; e um que concede auxílio financeiro a trabalhadorese familiares, em caso de sequelas ou morte por covid-19.

Leia o artigo de Alexandre Padilha, ‘100 mil motivos para lutar pelo SUS’

Leia a entrevista de José Gomes Temporão, ‘Temos que defender o SUS como patrimônio da nação’