Governo Lula recria Conselho de Desenvolvimento Industrial, por uma nova política industrial para o país: o Complexo da Saúde entre as missões do colegiado
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) foi reativado em 6/7/2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comandou nesse dia a primeira reunião de trabalho do colegiado. Criado em 2004, o Conselho, que estava desativado há sete anos, apoiará a construção de uma nova política industrial para o Brasil, com perfil inovador, sustentável e inclusivo. O colegiado está vinculado à Presidência da República e é presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que tem à frente o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Conforme apontado no site do governo, “A retomada das políticas industriais, de inovação e de fomento de inserção internacional qualificada mais competitiva passa pela superação do atraso produtivo e tecnológico”. Esse é o desafio que o CNDI se propõe a resolver, indica, ainda o texto.
Reunindo, em uma composição paritária, vinte ministros mais o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, pelo governo, e 21 conselheiros representantes da sociedade civil, o Conselho deverá se guiar por seis missões. O Complexo Econômico-Industrial da Saúde é uma delas.
“Temos grandes transformações em curso. A nova política brasileira de desenvolvimento inserir o Complexo Econômico-Industrial da Saúde como um dos eixos estratégicos e esse ser direcionado para o Sistema Único de Saúde representa avanço”, analisa o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “A inclusão da preparação para as emergências sanitárias, a biodiversidade sendo fator relevante para as ações em saúde, as doenças negligenciadas sendo tratadas com prioridade na política são alguns exemplos desse avanço. É uma guinada na política industrial e de desenvolvimento com vistas aos objetivos sociais, da gente, da população, de um bem-estar coletivo. Uma ação inovadora a favor da vida”, considera.
Conheça as seis missões do CNDI
1) Promoção de cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar e nutricional;
2) Complexo Econômico-Industrial da Saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
3) Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;
4) Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade;
5) Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações;
6) Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.
Conheça a composição do CNDI
O CNDI compõe-se de vinte ministros, mais o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e 21 conselheiros representando entidades industriais e de trabalhadores.
Sociedade civil
Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia);
Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim);
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea);
Grupo FarmaBrasil;
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast);
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC);
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib);
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee);
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI);
Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi);
Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil);
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);
Embraer S.A.;
Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom);
União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica);
Central Única dos Trabalhadores (CUT);
Força Sindical;
União Geral dos Trabalhadores (UGT);
Confederação Nacional da Indústria (CNI);
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram);
Instituto Aço Brasil.
• Instituições convidadas às reuniões, sem direito a voto
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese);
Gerdau S.A.;
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros);
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);
Petrobras;
Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma);
Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma);
Associação Brasileira de Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo);
Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS);
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit);
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq);
Associação Nacional de Biotecnologia (Anbiotec);
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel);
Brasil Audiovisual Independente (BRAVI);
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).