Qual a relação da política monetária com os direitos humanos e qual o seu impacto na vida dos brasileiros? Tendo essa pergunta como norte, o Guia Ilustrado de Inflação, Política Monetária e Direitos Humanos pretende abrir a caixa-preta de um assunto, até então, reservado a especialistas e decidido nas salas do Banco Central. 

A publicação é um lançamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e do coletivo A Gazetinha, que reúne pessoas da área do Design e da Economia e se dedica a publicar materiais sobre economia e política, "a fim de construir uma visão crítica que supere o discurso neoliberal", conforme definem em seu site.

Os autores, a assessora política do Inesc, Livi Gerbase, e o economista Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon), pretendem, com o Guia, estimular o interesse pelo debate democrático sobre tema, mostrando sua relação com as desigualdades no Brasil. “O objetivo é justamente acessar um público amplo e desmistificar a ideia de que o combate à inflação é um problema técnico. A inflação e o seu combate são problemas distributivos, envolvem interesses e por isso requerem atenção de ativistas de direitos humanos, de movimentos sociais. É um assunto de interesse do conjunto da sociedade”, observa Rossi ao blog do CEE-Fiocruz.

A publicação divide-se em três capítulos: 1) Inflação e Crédito: O que isso tem que ver com os direitos humanos?; 2) Política Monetária e os direitos humanos; 3) Política monetária, transparência e democracia.

Ao longo do texto, os autores explicam, por exemplo, de onde vem a inflação e seus impactos desiguais na população e, a partir de uma discussão sobre suas causas, buscam apontar caminhos possíveis para uma política monetária guiada pelos direitos humanos.

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