Pesquisadores do ResiliSUS/CEE apresentam estratégias resilientes do Município do Rio à diretoria do Imperial College de Londres
Pesquisadores do projeto integrado Tecnologia, Informação e Resiliência em Saúde Pública (ResiliSUS), do CEE-Fiocruz, receberam em julho de 2024, o diretor de Estratégia, Pesquisa e Inovação do Imperial College Healthcare NHS Trust, de Londres, Robert Klaber, em mais uma iniciativa da parceria em curso.
Sob a coordenação do pesquisador Alessandro Jatobá, à frente do projeto integrado, e com o apoio do secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, Robert Klaber visitou uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município e o Super Centro Carioca de Saúde, acompanhado dos pesquisadores Paula de Castro Nunes e Paulo Victor de Carvalho, do ResiliSUS, da assessora técnica da Secretaria Municipal de Saúde, Keith Simas e do subsecretário de Atenção Primaria à Saúde, Renato Cony Serodio. Na visitação ao Super Centro, os pesquisadores contaram com a presença do diretor médico do Centro, Vinicius Ladeira Fonseca.
O objetivo foi possibilitar que Robert observasse, a partir da experiência brasileira, em especial do Rio de Janeiro, como as inovações e adaptações dos agentes comunitários de saúde podem fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde em localidades diversas. “A visita de Robert veio fortalecer nossa parceria com a Imperial College, e pudemos mostrar-lhe como se dá a atuação dos agentes comunitários, na adaptação da nossa Estratégia Saúde da Família à variabilidade de contextos, uma vez que situações inesperadas requerem capacidade de adaptação, e isso é um requisito essencial para a resiliência do SUS”, explica Jatobá.
Como observa o coordenador do ResiliSUS, a visita de Robert Klaber foi importante para a compreensão do papel que a atenção primária tem como ordenadora do cuidado. “Na visita à clínica da família no bairro do Caju e ao Super Centro Carioca de Saúde, pudemos fazê-lo conversar com agentes comunitários de saúde, enfermeiros e médicos da atenção primária para que ele pudesse conhecer um pouco a regulação no sistema”, relata Jatobá. “Robert Klaber pôde ver de perto quais são os benefícios e os desafios do sistema, e de que forma isso pode fortalecer a resiliência do SUS no município e ser aplicado em outros locais”, acrescenta.
Essa foi a primeira de um conjunto de visitas envolvendo o ResiliSUS/CEE-Fiocruz e o Imperial College. Em dezembro, o ResiliSUS receberá a pesquisadora Connie Junghans e o professor Matthew Harris, estudioso de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), em Westminster, na Inglaterra, líder na cooperação entre CEE-Fiocruz e o Imperial College. “Matthew está implementando na Inglaterra estratégias semelhantes às da Saúde da Família, principalmente, no que diz respeito à atuação dos agentes comunitários”, informa Jatobá.
O segundo encontro, destaca, manterá o mesmo formato de visitações, com inclusão da região Norte do país no roteiro. “A ideia é que eles vejam como se dá a adaptação do sistema, no contexto de regiões ribeirinhas e remotas. Será importante para que nós também possamos entender como funcionaria a nossa tecnologia lá fora”, diz o pesquisador.
Para ele, a parceria tem fornecido uma importante oportunidade de obter evidências da implementação de nossos programas em contextos diferentes. “E ter os pesquisadores do ResiliSUS em intercâmbio com o Imperial College é também uma estratégia adaptativa de também trazer conhecimento de lá para cá”, ressalta.