Paulo Amarante: Nova Política Nacional de Saúde mental é ‘retorno à política de mercantilização da vida’
O sanitarista Paulo Amarante, pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) analisa neste comentário ao blog do CEE-Fiocruz, os prejuízos à democracia com a instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Nova Política Nacional de Saúde Mental. A frente foi criada em novembro de 2018, inicialmente composta por 228 deputados e 4 senadores.
Paulo Amarante alerta que a ameaça não está apenas no campo da Reforma Psiquiatriaca, nos avanços na atenção psicosocial e no SUS. "É um retrocesso geral na politica brasileira, na democracia, na cidadania, nas práticas sociais mais vançadas e parcipativas", afirma o pesquisador, observando que há um retorno da politica privatizante, da mercantilização da vida, tomando-se a saúde e as doenças como mercadorias, alvo de interesses especificos. "Esses interesses não visam à saúde da população, visam à ganância e à obtenção de lucros com as doenças da sociedade", completa.
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